“Sonhei com esse dia (...)” é um trecho da letra escrita por Mano Brown e acrescentada na música Umbabarauma de Jorge BenJor. Essa parceria inaugurou uma grande polêmica porque marcou a primeira aparição planejada de Mano Brown no Programa Fantástico da Rede Globo. Essa aparição gerou uma enorme repercussão e pode representar as transformações pelas quais passa o hip hop, e conseqüentemente o RAP, nessa década.
Alguns, mesmo ignorando a razão e não querendo saber das justificativas, viram esse ato como uma prova de que o rapper se vendeu para a “mídia”. Por outro lado, se analisarmos o clipe, produzido pela Nike, notamos que Mano Brown não aparece de qualquer forma. Normalmente um jovem negro aparece nos principais veículos televisivos tachado como criminoso e armado. No clipe Mano Brown apresenta outras armas que a periferia está aprendendo a usar. Mano Brown representa, no clipe, o negro criador, o escritor, o compositor, o músico. Em vários trechos do vídeo ele aparece manipulando a letra, usando um caderno e uma caneta. Como ele já cantou várias vezes, essas deveriam ser as armas dos pobres, dos pretos de periferia, favelados.
Mano Brown não precisa justificar nada. Não fez nada de errado. Não foi incoerente. Principalmente porque se o Jorge Benjor veio a quebrada, no reduto de Mano Brown, cantou para o público do RAP, foi justo Mano Brown retribuir. Além disso, não foi de graça: toda a renda da venda dessa música será revertida para o projeto social criado por Mano Brown no Capão Redondo.
Como disse um colega meu: “Agora favelado tem razão pra pagá de Nike, sobro uns cobre pra nóis!”
Alguns, mesmo ignorando a razão e não querendo saber das justificativas, viram esse ato como uma prova de que o rapper se vendeu para a “mídia”. Por outro lado, se analisarmos o clipe, produzido pela Nike, notamos que Mano Brown não aparece de qualquer forma. Normalmente um jovem negro aparece nos principais veículos televisivos tachado como criminoso e armado. No clipe Mano Brown apresenta outras armas que a periferia está aprendendo a usar. Mano Brown representa, no clipe, o negro criador, o escritor, o compositor, o músico. Em vários trechos do vídeo ele aparece manipulando a letra, usando um caderno e uma caneta. Como ele já cantou várias vezes, essas deveriam ser as armas dos pobres, dos pretos de periferia, favelados.
Mano Brown não precisa justificar nada. Não fez nada de errado. Não foi incoerente. Principalmente porque se o Jorge Benjor veio a quebrada, no reduto de Mano Brown, cantou para o público do RAP, foi justo Mano Brown retribuir. Além disso, não foi de graça: toda a renda da venda dessa música será revertida para o projeto social criado por Mano Brown no Capão Redondo.
Como disse um colega meu: “Agora favelado tem razão pra pagá de Nike, sobro uns cobre pra nóis!”
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